quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Dicas do chefe de RH do Google para recém-formados



1- Diploma não é tudo

Fazer uma faculdade é importante, mas não é tudo. E, segundo Bock, muita gente entre 18 e 22 anos não se atenta para isso. 

Por isso, o primeiro conselho dele é: escolha um curso que não aumente apenas o seu conhecimento sobre determinado assunto, mas que forneça “habilidades que serão valorizadas no mercado de trabalho”, afirmou ao New York Times.

Na prática, isso significa escolher caminhos acadêmicos mais tortuosos. Decidir ir para um curso porque ele é mais fácil, segundo o chefe de pessoas do Google, pode subtrair pontos do seu currículo.

2- Aprenda a ser analítico

De acordo com Bock, a habilidade mais escassa no mercado de trabalho hoje é a capacidade de ser analítico. 

“Não estou dizendo que você precisa ser um programador incrível, mas para entender como essas coisas funcionam, você precisa ser capaz de pensar de uma maneira formal, lógica e estruturada”, afirmou.

Isso também vale para quem é da área de Humanas, segundo o especialista. “Você tem que entender economia e psicologia ou estatística e física e juntá-los. Você precisa de algumas pessoas que são pensadores holísticos (...) e outros que são profundos especialistas funcionais”, afirmou. 

Segundo ele, a criatividade é algo natural do ser humano. O pensamento lógico e analítico, não. Mas o segredo dos profissionais mais eficientes está em conciliar os dois aspectos, ele explica.

3- Seja específico ao compor o currículo

Evite generalizações e adjetivos vazios. Quanto mais dados objetivos, melhor. “A chave é enquadrar seus pontos fortes como: ’Eu conquistei X, relacionado a Y, fazendo Z”, diz. 

4- Conte histórias com pé e cabeça nas entrevistas

Como em boa parte das provas na faculdade, o maior erro de um candidato (ou aluno) é não mostrar seu processo de pensamento para chegar a cada resposta.

Por isso, para eliminar discursos vazios ou confusos, Bock sugere a seguinte estrutura: “Aqui está o atributo que eu vou demonstrar; esta é a história que o demonstra e aqui, como ela faz isso”, detalha. 


Retirado da Revista Exame - Você S/A - http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/4-dicas-do-chefe-de-rh-do-google-para-recem-formados

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Frequente troca de emprego prejudica currículo, segundo pesquisa

Se você vive trocando de emprego por qualquer motivo é melhor começar a tomar cuidado: uma pesquisa realizada pela Robert Half revela que profissionais com histórico de pouca permanência nas empresas são facilmente descartados de processos seletivos. É o que afirmam 95% dos CFOs brasileiros.

Segundo o levantamento, 20% dos entrevistados afirmam que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para considerar um candidato como profissional instável.
Outros 18% consideram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam que 10 transições no mesmo período é algo preocupante.

Para 15%, três movimentações de emprego nesse intervalo de tempo merecem atenção.
Segundo o diretor da Robert Half, Sócrates Melo, um profissional valorizado no mercado deve ser capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados.

“A contratação é um investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização”, explica.


Além disso, o executivo explica que existem razões plausíveis para curtas permanências nos empregos, mas o profissional pode ser classificado como instável pelo recrutador caso ele sempre deixe um emprego sem justificativas claras.

Para realizar o estudo, foram entrevistados 1.185 CFOs da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão.

Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos também colocam o recrutador em estado de atenção.

O lugar com maior índice de intolerância a profissionais instáveis é Hong Kong, onde 100% dos gestores evitam currículos que apresentem esse histórico.

Possibilidade de rejeição de candidatos com muitas passagens curtas no currículo

Colocação
Países
% de gestores que acham muito provável
% de gestores que acham pouco provável
Hong Kong
43%
57%
Brasil
53%
42%

Chile
53%
42%
Austrália
39%
54%

Japão
51%
43%
Singapura
41%
49%
Reino Unido
36%
53%
Bélgica
24%
60%
França
29%
55%

Para diminuir o índice de rotatividade nas empresas, 60% dos CFOs brasileiros afirmam que utilizam como principal estratégia de retenção o aumento de salário.

Outras medidas são proporcionar melhorias e benefícios flexíveis (54%), treinamento e desenvolvimento profissional (49%), plano de carreira (35%), flexibilidade de horário e local de trabalho (26%) e contraproposta (24%).

Já na média mundial, melhorias e benefícios flexíveis são o melhor plano de retenção, segundo a opinião de 52% dos entrevistados.

Retirado de: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/troca-frequente-de-emprego-prejudica-curriculo-diz-pesquisa