quarta-feira, 27 de junho de 2012


Você tem a Síndrome da Gabriela?

São aquelas pessoas que, mesmo qualificadas tecnicamente, se recusam a mudar


Estreou há poucos dias o remake da novela Gabriela. A adaptação da obra homônima do escritor Jorge Amado fez sucesso na TV em 1975, com Sônia Braga no papel da morena sertaneja que tem cheiro de cravo e cor de canela. Apesar de ser uma obra de ficção, a novela traz algumas lições para o mundo corporativo. A música da personagem, cantada por Gal Gosta, por exemplo, diz: "eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim...Gabriela...sempre Gabriela".


O mercado de trabalho está cheio de profissionais com a síndrome da Gabriela. São aquelas pessoas que, mesmo qualificadas tecnicamente, se recusam a mudar por acreditarem que as coisas devem ser feitas do seu jeito. Não querem experimentar novos caminhos e, em consequência, continuam colhendo sempre os mesmos resultados.


Em minha longa experiência como gestor já ouvi muitas frases como "vamos fazer assim, pois sempre fizemos dessa maneira", ou "sei que isto é bom, mas prefiro fazer do meu jeito", ou ainda "eu sinto muito, mas sou assim". Com esse discurso, muitos profissionais com potencial ficam estacionados no tempo. E o pior: acreditam que estão fazendo a coisa certa.


Quem tem esse comportamento prejudica não só a si mesmo, mas toda a empresa. Afinal de contas, não é possível crescer e alcançar metas realizando procedimentos que já não são satisfatórios. Para crescer é preciso mudar, é necessário estar antenado com as mudanças socioeconômicas que ocorrem no mundo e na sociedade.


O processo de mudança nem sempre é fácil: exige trabalho, planejamento força de vontade. Por isso, muitos preferem continuar fazendo as mesmas coisas no trabalho e na vida pessoal, perdendo a oportunidade de conhecer novos caminhos, amadurecer e descobrir outras possibilidades. Mas, afinal, por que as pessoas não querem mudar?


Uns têm medo: medo de não dar certo, medo de errar, medo de críticas. Outros continuam fazendo as mesmas coisas por interesse político. Quantos gestores públicos continuam perpetuando formas ineficientes e ineficazes de gerir a coisa pública pensando nas próximas eleições? Esse ainda é um grande gargalo que o país precisa enfrentar, mas antes disso é preciso vontade para mudar.


Não importa a razão que levam muitos profissionais a pensarem que agindo assim terão sucesso. O fato é que o mundo está em constante transformação e só vão se sobressair aquelas pessoas mais ágeis, mais rápidas, mais dinâmicas e assertivas.


Caso você esteja com a síndrome da Gabriela, cuidado. Aproveite para repensar suas atitudes e comece a mudar sua postura. Se você conhece alguma "Gabriela" no seu trabalho, convide-a a olhar a vida com outros olhos, já que esse comportamento pode ser um indício de baixa autoestima.


Deixe o encanto da Gabriela apenas na novela e na obra do brilhante Jorge Amado. Quem quer ser "sempre assim" só vai encontrar estagnação, retrocesso, sofrimento. Em nossa vida profissional, vamos dar lugar à transformação e ao empreendedorismo. E empreendedor de verdade não tem medo da mudança: arrisca-se, enxerga mais que muitos, motiva os colegas de trabalho, tem entusiasmo, quer evoluir e vai além, muito além.

terça-feira, 26 de junho de 2012


Toda experiência é um diferencial



O que você prefere: passar as férias viajando para descansar e desligar um pouco da intensidade de um ano todo de estudos, ou trabalhar, mesmo que seja uma experiência temporária, para aplicar de fato seus conhecimentos na prática? Certamente, cada leitor fará uma avaliação pessoal e escolherá a alternativa que mais lhe interessar. Afinal, esse é o tipo de pergunta que não tem resposta certa ou errada. Muitas vezes, descansar funciona muito bem para alguns, enquanto outros preferem ficar ligados, especialmente aqueles que planejam detalhadamente suas carreiras e o futuro profissional que esperam construir.

As escolhas que fazemos ao longo da vida tendem a direcionar os caminhos que traçaremos e, assim, indicar quais os frutos que estaremos preparados a colher no futuro.  Não que tenhamos de nos aplicar o tempo todo visando a nossa carreira e perspectivas profissionais. Porém é evidente que aqueles que se dedicam mais, que obtêm experiências diferenciadas e se desenvolvem mais tenazmente para o sucesso profissional acabam chamando mais atenção do mercado.

Para um selecionador de jovens talentos – especialmente daqueles que estão entrando agora no mercado de trabalho e que, portanto, têm pouca ou nenhuma experiência profissional para apresentar –, as escolhas acabam se concentrando no potencial demonstrado pelos candidatos a uma vaga de trabalho, nas habilidades demonstradas ao longo do processo seletivo e nos conhecimentos exibidos em razão de suas formações. Agora, fica claro que aqueles que possuem diferenciais, mesmo que não tão expressivos, acabam se destacando nas “montanhas” de currículos analisadas a cada processo seletivo.

É nesse sentido que tem ganhado força entre os selecionadores a valorização de pequenas experiências vividas pelos candidatos. Há algum tempo, isso se reflete em relação àqueles que dedicam parte de seu tempo e esforços a trabalhos voluntários, especialmente na área social. Hoje, além dessa tendência, os representantes das áreas de Recursos Humanos das empresas têm ficado especialmente atentos aos candidatos que assumem trabalhos temporários em seu próprio ramo de formação, inclusive em períodos de férias.

Em países da Europa, Ásia ou América do Norte, principalmente, já são tradicionais os chamados “Summer Jobs”, em que estudantes e profissionais sacrificam seu período de férias em razão do trabalho. Muitas vezes, as oportunidades não têm nada a ver com a carreira escolhida, e acabam sendo uma forma desses jovens ganharem um dinheiro extra. Entretanto, ganha força no mercado, e essa tendência tem vindo com força para o Brasil, a oferta de vagas temporárias em setores especializados, em épocas de grande volume de trabalho para certas atividades.

Atuar durante as férias escolares em trabalhos temporários voltados à área da formação dos jovens é, portanto, um diferencial muito valorizado pelos selecionadores, e que vem sendo cada vez mais reconhecido pelas empresas como estratégia válida na escolha de seus contratados. É claro que, muitas vezes, um estudante que não opte por trabalhar nos períodos de férias escolares possui desempenho e diferenciais que o destacam nos processos seletivos. No entanto, não pode ser desprezada a importância que tem obtido a atuação profissional, mesmo que temporária, entre os selecionadores. Como já dissemos, não há resposta certa ou errada à pergunta apresentada nas primeiras linhas deste texto. Contudo, que é interessante encontrar no currículo dos jovens uma experiência profissional, mesmo que temporária, isto é inegável.


Fonte: http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?cod_tema=3501

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Jovens da geração "Y" preferem oportunidades em empresas internacionais a altos salários

Segundo pesquisa da Hays, bom ambiente de trabalho e benefícios também são valorizados por essa geração


Para os profissionais da chamada Geração “Y”, nascidos entre 1980 e 2000, trabalhar em uma empresa internacional é mais importante do que ganhar alto salário. Para eles, o uso de outros idiomas no trabalho, 58%, desenvolvimento técnico e profissional, com 55%, e contato de trabalho internacional, 54%, são fatores fundamentais para a escolha de um trabalho. O salário só aparece em 4° lugar, com 47%, e a progressão de carreira com 46%, em quinto lugar.
Esses dados são do estudo “The ‘Y’ Factor”, realizado pela Hays Recruiting experts worldwide na Europa Central e Oriente com mais de 4.000 entrevistados.
Bom ambiente de trabalho e benefícios também valorizados por essa geração. Entre os entrevistados, os que procuram um ambiente com respeito entre colegas representam 52%, seguido por uma atmosfera amigável, com 49%, e 46% desejam um equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Os benefícios oferecidos também são bem vistos pelos jovens profissionais, como plano de saúde privado, com 58%, cursos e treinamentos, 47%, e bônus por desempenho, com 46%.
Esses dados revelam uma mudança no perfil profissional no mercado de trabalho. As anteriores, baby boomers (nascidos entre 1943 a 1964) e a geração “X” (nascidos entre 1960 a 1985), colocavam os altos salários e à nomenclaruta dos cargos como fatores determinantes para um bom emprego.

Brasil

Os brasileiros da Geração “Y” acompanham a estatística. Segundo o gerente da espertise Hays Information Technology em São Paulo, Henrique Gamba, o setor de TI (Tecnologia da Informação) é composta por muitos profissionais com esse perfil. “É por essa razão que notamos uma alta movimentação na área. Pelo fato de estarem em busca do novo, eles podem ter prejuízos com relação ao ganho de experiência e amadurecimento na carreira. É importante encerrar ciclos para apresentar resultados no currículo, o que irá contribuir, inclusive, na busca por novas oportunidades no mercado de trabalho”, afirma.

Geração “Y”

Os jovens profissionais dessa geração tem idade inferior a 30 anos e desejam crescer profissionalmente e se desenvolver no campo acadêmico: 95% deles têm cursos de graduação e 10% buscam uma pós-graduação para complementar sua capacitação profissional.
Outra característica positiva é a visão global, com mais da metade deles já terem vivência profissional internacional, fato que justifica o interesse por empresas estrangeiras.
Um ponto a ser trabalhado pela geração é a ansiedade. A pesquisa revela que o imediatismo faz parte do cotidiano dos jovens, que cada vez mais almejam resultados a curto prazo e respostas rápidas para suas ações.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/jovens-da-geracao-y-preferem-oportunidades-em-empresas-internacionais-a-altos-salarios/56443/

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Aprenda como colocar as pessoas certas nos lugares certos



Imagine que sua empresa é um avião. Se a empresa for pequena, seria o equivalente a um monomotor com três lugares; se for grande, um jato com 400 poltronas. Quem está no comando desse avião deveria ter as seguintes prioridades:

1 – Embarcar as pessoas certas e desembarcar as erradas
2 – Colocar as pessoas certas nas poltronas certas
3 – Decidir junto com as pessoas certas a rota a ser seguida

Enquanto 90% das poltronas não estiverem ocupadas pelas pessoas certas, o comandante não deve ter outra prioridade a não ser encontrar as tais pessoas.

Essa metáfora, criada pelo consultor Jim Collins, resume o fator mais importante nas empresas que têm obtido ótimos resultados de forma consistente por muitos anos.

Como afirmo sempre em meus treinamentos, palestras e agora no último livro Vencer é ser você, a principal atividade dos gestores empresariais deveria ser a de dedicar, no mínimo, 30% de seu tempo, recrutando, treinando, avaliando e promovendo as pessoas.

Mas como saber qual é a pessoa mais indicada para determinado cargo?

A principal dica é: Cheque o rastro! Fazendo as perguntas certas e avaliando bem as respostas, a chance de acertar uma contratação aumenta muito. Com oito perguntas básicas já será possível ter uma boa ideia sobre o rastro ou histórico de vida do candidato à vaga. As perguntas são:

1.    Resuma sua vida dos 7 aos 18 anos.
2.    Resuma sua vida dos 18 anos até hoje.
3.    Quantos empregos você já teve? Por que saiu de cada um deles?
4.    Descreva seu histórico escolar completo.
5.    Que trabalhos voluntários você fez? Descreva-os.
6.    Você já foi promovido? Explique por quê.
7.    Descreva seus pontos fortes.
8.    Descreva seus pontos fracos.

Se prestarem bastante atenção às respostas, certamente conhecerão melhor as forças e fraquezas dos candidatos com base no histórico de vida de cada um deles.

Muitas pessoas devem duvidar que presidentes ou donos de empresas gastem tanto tempo em entrevistas. São raros, mas existem. Não que os dirigentes de companhias tenham que substituir ou fazer o papel dos profissionais de Recursos Humanos, mas sim trabalhar em total sintonia com esse departamento, participando da seleção em todos os cargos estratégicos, das dinâmicas de grupo e até da análise do que deu errado em cada contratação.

Se o líder investir seu tempo nessa análise, com certeza colocará com muito mais frequência as pessoas certas nos lugares certos.

segunda-feira, 18 de junho de 2012


Carreira: o que você quer ser quando crescer?

Não basta possuir competências técnicas e alinhamento com o perfil desejado, pois são as competências comportamentais que cada vez mais farão a diferença nas tomadas de decisão dos empregadores



Quantas vezes já ouvimos esta frase ao longo de nossa vida? Quantos de nós respondemos: médico, motorista, policial, bombeiro, jogador de futebol, veterinário? Provavelmente muitos agora estão pensando quais foram suas respostas, mas o certo mesmo é que poucos de nós seguimos à risca nossas opções de infância. O que nos levou a tomar outros caminhos? Em que momento da nossa trajetória mudamos de ideia com relação aos nossos anseios profissionais e decidimos enfim qual caminho seguir?


Pesquisas recentes comprovam que nem sempre somos felizes com nossas escolhas profissionais, sendo que a maioria só se dá conta disso já na fase adulta ou mesmo perto da aposentadoria. Por isso, atualmente está cada vez mais comum encontrarmos profissionais na faixa dos 40 anos dando novos rumos às suas carreiras, abrindo mão de benefícios e privilégios em prol de realização pessoal.


Muitos migram para o ambiente acadêmico, outros tantos para consultoria e alguns mais ousados, optam por criar seu próprio negócio em áreas que em nada lembram sua antiga atividade. Muitos iniciam seus negócios satisfazendo o desejo de trabalhar com atividades prazerosas e até ligadas aos seus hobbies.


Quando o assunto é carreira, chego a sentir um frio na espinha, pois penso em minhas decisões, desde o vestibular, graduação, depois pós, MBA e tudo mais que já vivenciei e estudei. Será que fiz a escolha certa? Minha resposta é: sim, com certeza! Gosto de ouvir, falar, trabalhar com pessoas e para pessoas, assumo a liderança com naturalidade e considero a comunicação a melhor e maior ferramenta de relacionamento interpessoal.


Decidir sobre sua carreira é um passo importante e para alguns, um caminho sem volta - embora eu não concorde com isso, pois podemos sim, mudar de ideia a qualquer momento e seguir novos rumos, trilhando caminhos desconhecidos que podem ser extremamente interessantes e compensadores.
A palavra carreira tem origem no latim carraria, que significa correria. No nosso idioma, pode-se entender carreira como uma profissão ou atividade, em todas as suas etapas, com seus altos e baixos, inclusive. Portanto está cada vez mais em baixa colocar o destino de sua carreira nas mãos de outros ou de uma organização.


Nas duas últimas décadas o mercado começou a mudar essa visão e está cada vez mais comum o termo "Sua Carreira em suas Mãos". Ou seja, seja você o dono de seu destino, seja você a pessoa que decide e corre atrás dos seus sonhos e objetivos, seja você a pessoa que pergunta, mas também busca a resposta, seja você a pessoa que se interessa por algo novo e traz respostas inovadoras para problemas antigos. Seja você o dono da sua história!


Será fácil ser um profissional atualizado e desejado pelo mercado? As pesquisas mostram que não basta possuir competências técnicas e alinhamento com o perfil desejado, pois são as competências comportamentais que cada vez mais farão a diferença nas tomadas de decisão dos empregadores. O mercado está de olho em profissionais que tenham história para contar, com consistência e ousadia, mas acima de tudo, com facilidade de comunicação, capacidade de adaptação, flexibilidade e liderança.


Alguns diferenciais poderão ser decisivos para alavancar sua carreira, entre eles: ter de 7 a 10 anos de atuação no mercado, ter vivenciado estudo ou trabalho no exterior, ter pós-graduação ou MBA (finanças e projetos são as bolas da vez), falar inglês e espanhol (se tiver noção de mandarim, ficará em vantagem em relação aos concorrentes), realizar trabalhos voluntários (que demonstram qualificações positivas como trabalhar em equipe e abertura a novas realidades), além de demonstrar abertura genuína para mudança de cidade com capacidade de desbravar novos mercados.
Há espaço para todos no mercado, no entanto, algumas áreas estão em maior evidência, tais como: engenharia civil, finanças, agronegócio, indústria farmacêutica, cosméticos e energia, entre outros. As empresas estão em busca de profissionais dinâmicos para atuar em setores de varejo, logística, tecnologia da informação, prioritariamente.


Portanto, quando o assunto é carreira, vale pensar numa palavra mágica e que está presente - ou deveria estar - em praticamente 100% das atividades de nosso cotidiano. Estamos falando de planejamento, que retrata a capacidade de pensar antes de agir, de discriminar o que vem primeiro e o que vem depois, a dialética do saber e poder, com habilidade de articular pensamento e ação. Então, decidir sobre sua carreira implica em pensar em longo prazo, projetando seu futuro dentro do estilo de vida desejado, incluindo ainda, planos alternativos de mudança de rota.


Agora, mãos à obra e nada de correria no seu plano de carreira. Construa seu futuro passo a passo, de maneira consciente, consistente e prepare seu futuro a partir do seu presente. A hora é agora!


Elaine Lombardi é consultora da M&S, consultoria especializada em desenvolvimento humano.


Fonte:http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/carreira-o-que-voce-quer-ser-quando-crescer/56210/

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Você é um profissional lebre ou tartaruga?

Para não cair no risco de um auto-engano, siga o conselho de Esopo: esforce-se. Esforce-se ao máximo


O grego Esopo é considerado o pai da fábula como gênero literário. Embora não haja certeza que o próprio tenha existido, tratando-se praticamente de um personagem lendário, a ele são atribuídas diversas fábulas que são passadas de pais para filhos, geração após geração, desde o século VI antes de Cristo. Certamente você já deve ter ouvido os contos da Cigarra e a Formiga, a Raposa e as Uvas, a Galinha e os Ovos de Ouro, entre tantos outros.
É dele também a famosa fábula que narra a corrida entre uma lebre e uma tartaruga. A lebre, confiando-se em seu talento natural - a velocidade e agilidade -, acaba relaxando durante o desafio e, depois, não consegue alcançar a vagarosa (porém persistente e determinada) tartaruga, que acaba vencendo a aposta. O ensinamento que nos transmite Esopo com essa fábula é fantástico: independente das nossas condições, se trabalharmos com afinco e perseverança, certamente atingiremos nossos objetivos.
Se traçarmos um paralelo entre essa fábula e a vida profissional, a lebre seria aquele sujeito extremamente talentoso, capaz de apresentar resultados extraordinários, mas um tanto quanto preguiçoso, que gosta sempre de deixar suas responsabilidades para depois. A tartaruga seria o trabalhador disciplinado, bastante esforçado e extremamente focado em suas tarefas, mas que não conta com um talento natural para a atividade. A fábula, no entanto, é incompleta ao desconsiderar a existência de outros dois tipos de animais: a lebre esforçada e a tartaruga preguiçosa, o que nos geraria o quadrante da imagem abaixo:
No mercado, o sonho de todo headhunter é encontrar uma "lebre" perseverante e esforçada, o tipo de profissional extremamente talentoso, que sente prazer em trabalhar com afinco e em surpreender com os seus resultados. Entretanto, essa é a espécie mais rara de ser encontrada. Por quê? Porque, no fundo, toda lebre tem consciência de sua natureza. Ela sabe que não é preciso se esforçar muito para fazer algo bem feito e acima da média dos demais profissionais, o que alimenta a forte tentação de procrastinar - algo como ficar grudado no Facebook, mas fingindo estar trabalhando...
De qualquer forma, as empresas precisam das lebres. Precisam do talento e da genialidade que somente elas possuem. Por isso é cada vez mais comum as empresas oferecerem mais liberdade e fazerem vista grossa quando uma lebre chega atrasada, brinca na internet ou falta ao trabalho.
Mas não pense que apenas as lebres são cobiçadas. As tartarugas perseverantes e esforçadas também são essenciais em uma organização. Elas apresentam ótimos resultados, trabalham com afinco, são responsáveis e extremamente necessárias, uma vez que a sua disciplina e comprometimento são fundamentais na construção do sucesso da organização.
O maior problema está em ser uma tartaruga relapsa e preguiçosa. É o tipo de profissional que as empresas querem distância, pois não tem capacidade de apresentar resultados e sequer se esforçam para isso. Em uma equipe, as tartarugas preguiçosas não acrescentam em nada; pelo contrário, apenas subtraem as energias do time e contaminam o ambiente com a sua postura desleixada e com a baixa qualidade de seu trabalho.

Que tipo de profissional eu devo ser?


Quase todos temos a tendência natural e narcisista de nos considerarmos a última bolacha do pacote. Dessa forma, é muito fácil pensarmos que somos a mais talentosa de todas as lebres, mesmo sendo, no fundo, uma lenta e pesada tartaruga. Para não cair no risco de se auto-enganar, siga o conselho de Esopo: esforce-se. Esforce-se ao máximo.
Se você for uma tartaruga, irá colher bons frutos, sempre conseguirá atingir seus objetivos e, de tanto esforçar-se, poderá até quebrar o muro que separa as tartarugas das lebres. Se você for uma lebre, não desperdiçará seu talento com preguiça e comodismo (o que seria um pecado), e irá elevar seus resultados ao nível que só um gênio consegue atingir.
O que você escolhe?

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Quem tem medo da rotatividade?


Nesses anos dedicados ao desenvolvimento de líderes e empresas, tenho acompanhando situações que antes mal ouvíamos falar, mas que hoje parecem fantasmas dentro das organizações. Umas delas – e talvez a mais alarmante - é a rotatividade, ou seja, o giro de demissões e admissões de uma empresa. Os índices dessa prática - também conhecida como turnover - tem me espantado.

Segundo pesquisa conduzida pela DBM Consultoria (consultoria especializada na gestão do capital humano), com 770 profissionais de 12 áreas distintas, 45% dos entrevistados manifestaram a intenção de mudar de empresa em até três anos. Grande parte dos profissionais entrevistados considera de três a cinco anos o tempo ideal para permanecer em uma empresa. Apenas 10% dos colaboradores com idade superior a 63 anos julgam este intervalo adequado, índice que aumenta para 63,34% entre os executivos na faixa de 21 a 27 anos.

As ofertas de trabalho cresceram de forma avassaladora. Profissionais de algumas áreas são disputadíssimos pelas empresas. E no meio dessa “caça aos talentos”, venho percebendo a deficiência das organizações em criar estratégias para reter os bons profissionais, mas por outro lado, vejo uma total falta de comprometimento dos profissionais com as empresas e, principalmente, com as suas carreiras.

E sabe qual a chave do comprometimento? Ver sentido no que se faz! Qual é o seu propósito de vida? O que você realmente quer fazer? Onde o seu trabalho pode te levar daqui a 5, 10 anos? Será que eu preciso mesmo buscar essa resposta em outra empresa? Se eu me esforçar, não conquisto tudo que quero onde estou? Quando você descobrir essas respostas, passa a se comprometer com seu trabalho, pois tudo começa a fazer sentido, e como consequência, os resultados aparecerão – para você e para a sua empresa. Não adianta pular de emprego em emprego, se o que você faz não tem sentido nem para você, como quer buscar esse sentido do lado de fora?

Coragem, responsabilidade, preparo e planejamento são competências fundamentais para decidir o que você quer de verdade! E ao decidir, comprometa-se com as suas decisões. A responsabilidade pelos resultados é sua. Não adianta só exigir, também é preciso fazer a sua parte. Entregue-se ao seu trabalho! Utilize todo seu potencial! A realização e o sucesso estão em um só lugar: dentro de você!

Agora com essas dicas, prepare-se para ser o profissional que as empresas querem, e se esforce para ser o profissional que as empresas precisam!


Fonte:http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?cod_tema=3492

quarta-feira, 6 de junho de 2012


A arte de recrutar


Experiências do cotidiano: outro dia, saindo para uma reunião, encontrei no elevador uma profissional da área de Recursos Humanos de um cliente. Ela carregava uns 700 currículos. Dei risada e comentei: "Amiga, você vai ficar com problemas em sua coluna!" E ela respondeu, inocentemente: "Que nada, Loris. Já estou acostumada. Faço isto quase todos os dias. Estou levando este material para analisar com o diretor da área, pois temos duas vagas técnicas para preencher".

Não vencendo minha curiosidade, perguntei: "Há quanto tempo você está trabalhando nessas vagas?" Ela respondeu: "Há mais de três meses, porém está difícil, porque o diretor não sabe exatamente o que quer e também devido ao fato de que o retorno dos anúncios tem sido muito fraco". Então eu perguntei: "O diretor tem tempo para analisar todo esse material?" E a resposta foi: "Fazemos isto rapidamente, não gastamos mais do que três horas por dia. Só que estamos gastando muito tempo em entrevista e não conseguimos achar o candidato ideal. Para agravar a situação, estamos perdendo um dos últimos candidatos que contratamos há seis meses, pois ele não se adaptou ao nosso estilo de serviço."

Buscar profissionais que atendam ao perfil técnico-profissional-comportamental das empresas, num mercado tão farto de mão-de-obra, torna-se cada dia mais uma arte. Quando falamos em recrutar profissionais, estamos nos referindo à busca de profissional qualificado sem nos atermos, neste momento, ao processo que vem em seguida de seleção e avaliação do material humano pesquisado. Em nosso cotidiano, observamos nossos amigos e clientes saírem em busca de um profissional para suprir suas necessidades utilizando-se de vários métodos, tais como anúncios em jornal, revistas especializadas, associações de classes, Internet etc.

Percebemos também que quando eles recebem as respostas que acreditavam resolver seu problema, encontram um problema maior. O volume de papel e indicações recebidas. Neste momento deparam-se com algumas interrogações: Como triar tantas informações? Quem chamar para a entrevista? Onde arrumar tempo para falar com tanta gente?

Acredito que isso ocorra principalmente em função da falta de preparação técnica e maturidade para a busca do profissional adequado, pela falta de tempo e também porque alguns olhos e ouvidos, em função da grande massa de dados que recebem, acabam-se acostumando com a qualidade ruim, o que os leva a escolher o "menos pior". Tal ato equipara-se à prática comum de muitos seres humanos de aceitar como normal uma coisa que é apenas habitual, o que nos leva a cometer equívocos terríveis em nossas escolhas e condutas. O ideal seria que todos os profissionais, gestores ou não, que tivessem como uma de suas funções a de buscar novos talentos para a empresa, pudessem passar por um treinamento técnico-operacional de como realizar tal tarefa.

Porém, sabemos que isso é muitas vezes impraticável em função da necessidade de cada vez mais nos tornarmos especialistas em nosso core business, deixando as atividades correlatas para especialistas na área. Neste contexto, os especialistas em recrutamento de mão-de-obra tornam-se elementos necessários ao plano estratégico das empresas. Dentro desse contexto, apresentamos algumas dicas que podem auxiliar/agilizar o processo de recrutamento:

- Antes de sair procurando, identifique claramente qual é o perfil de profissional que melhor vai atender as necessidades de sua empresa;
- Verifique, analise em que mercado você poderá encontrar esse profissional;
- Pesquise/analise/defina qual será o melhor veículo para abordá-lo?;
- Defina/analise em quais tópicos do Resumo Profissional recebido você vai obter as informações que lhe possibilitarão analisar/avaliar, numa primeira instância, as necessidades e requisitos exigidos para o profissional que está procurando; 
- Defina métodos eficientes e eficazes de como validar as informações/ referências recebidas;
- Tenha em mente que muitos profissionais, muitas vezes, não sabem elaborar o seu currículo e, debaixo daquele resumo profissional “feio” e pequeno, podemos encontrar grandes talentos.
Concluindo, recomendamos cuidado e maturidade para que não se cometa nesta busca o velho e ainda tão habitual erro de procurar um profissional com características de leão para trabalhar dentro de uma jaula de macaco.


Fonte: http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?interesse=7&cod_tema=271

terça-feira, 5 de junho de 2012


A Criatividade nos Negócios



Nosso cérebro é dividido em dois hemisférios: o esquerdo, onde se desenvolve o raciocínio lógico; e o direito, responsável pelo raciocínio criativo. O primeiro é usado no nosso dia a dia. Tudo que realizamos está ligado ao hemisfério esquerdo – o que nem sempre é vantagem para o mundo da criatividade, presente no lado oposto.

Mais racionalidade e menos experimentações: isso é bom ou ruim? Se for bom, até que ponto seria benéfico aos profissionais, às empresas e à sociedade?
Acostumados a pensar e agir de acordo com os paradigmas cartesiano – que é baseado no raciocínio lógico, linear, sequencial – deixamos de lado nossas emoções, intuições, criatividade e tantas outras qualidades, necessárias para uma vida produtiva. E o prejuízo que isto nos representa, no papel de empreendedores, pode ser observado em pesquisas.

Em 2010, de cada 100 brasileiros pelo menos 17 eram empreendedores, segundo a Global Entrepreneurship Monitor. E isto nos coloca dentre os países mais empreendedores do mundo. Porém, no mesmo período, dados divulgados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontam que 62% dos novos empreendimentos no país vão a falência nos primeiros cinco anos. A contraponto à consultoria internacional, os dados também nos colocam no topo do ranking mundial de fracassos em novos empreendimentos.
Se já somos a nação mais empreendedora do mundo, porque ainda não somos capazes de manter nossas empresas? Sabe-se que empreender demanda uma série de estudos lógicos a começar pelo plano de negócio. Porém o pensamento cartesiano e racional tem sido suficiente para a continuidade de nossas empresas? Estaria faltando emoções, intuições, criatividade na manutenção de nossos empreendimentos?

A questão está muito clara! Um empreendedor que sabe aproveitar criativamente as oportunidades consegue tomar decisões inovadoras com uma dose moderada de intuição – e este pode ir muito mais longe que indivíduos puramente movidos pela lógica. Nem sempre as respostas para as perguntas que surgem no processo de administração de um negócio podem ser encontradas somente nos dados estatísticos, financeiros e teóricos.
Todo negócio conta com o envolvimento de pessoas, em diferentes esferas. E isto torna o ambiente mercadológico totalmente imprevisível – demandando sim, ações e decisões lógicas, mas também muita intuição e criatividade na resolução de conflitos e problemas do dia a dia.

A mera memorização de fórmulas e teorias que nos deem as respostas prontas para todas as perguntas nos prejudicam, em partes. Devemos nos “rebelar” e partir para pensamentos criativos para empreendermos com inovação, diferenciação e pioneirismo. Porque é isto que faz o sucesso e a permanência de um empreendimento no mercado.

Portanto, meu conselho aos empreendedores é que no processo de administração de seus negócios – e, principalmente, na tomada de decisões - nunca deixem de ter os “problemas” esclarecidos por números e fatos. Mas ao deliberarem, não se esqueçam de levar em consideração o sexto sentido e a criatividade. Lição de casa feita, sucesso garantido! 


Fonte: http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?cod_tema=3490