quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Feedback: o alimento das relações corporativas


Os jovens sempre me trazem muitos questionamentos quando o tema é feedback: Por que meu chefe não me dá feedback? Meu gestor disse que eu preciso mudar minha postura na equipe, mas como faço isso? Posso dar feedback para o meu chefe também se eu não gostar de algo? Feedback pode ser positivo?
Não pretendo aqui dar todas as respostas, até porque o tema tem muitas vertentes e se aplica em vários contextos, mas vou tentar passar um pouco da minha opinião sobre o assunto e também algumas dicas como dar e receber feedback.

O que é feedback?
Feedback é o processo de transmitir sua percepção sobre o outro, alimentando a relação, para que esta esteja sempre em desenvolvimento. Quando falo “percepção sobre o outro” é importante deixar claro que não há uma verdade absoluta e que o objetivo é dar um apoio para o desenvolvimento pessoal e profissional de quem recebe esta percepção.
Este recurso consiste na ajuda mútua para mudanças de comportamento, não tem julgamento de valor. Ou seja, é apenas para compreender e não significa que todas as partes vão concordar.
Para que possa dar bons resultados deve ser descritivo e específico, tendo sempre foco no comportamento e não na pessoa.

Como dar feedback
É importante avaliar o momento e o local apropriado para dar feedback, pois só assim poderá ser bem recebido e ser útil para trazer um bom retorno tanto para o chefe como para a equipe.
O ideal é que seja uma conversa direcionada para comportamentos que o profissional possa modificar, então um bom caminho é iniciar sempre com os pontos fortes e depois com os pontos a desenvolver.
Outra dúvida que sempre existe é com qual frequência o feedback deve ocorrer. Na minha opinião, não existe um intervalo ideal entre um encontro e o próximo, mas recomenda-se que seja oportuno e freqüente.
É importante evitar dar feedbacks quando o chefe ou o receptor estiverem frustrados, irritados ou cansados. É bom estar atento a como o profissional está entendendo e recebendo o feedback, não se pode ficar preso somente a necessidade de transmiti-lo e deve-se manter sempre a auto-estima do receptor.

Como receber feedback
É bacana que o receptor do feedback compreenda também que é uma oportunidade de criar um ambiente de troca, reconhecendo que o processo é de análise conjunta e que é importante que ele se posicione sobre a mensagem que o chefe apresentou . Por isso, antes de pedir feedback é interessante fazer uma auto-avaliação e refletir sobre seus comportamentos!
Somente assim é possível compreender e receber melhor o feedback que iremos receber.
Aproveite para pedir exemplos e sugestões de melhoria, se necessário.

Lembre-se que feedback orienta, motiva e reforça os comportamentos eficazes assim como reduz ou evita comportamentos ineficazes. Aproveite este momento de forma positiva e foque no seu desenvolvimento profissional.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Afinal, o que os headhunters avaliam em uma entrevista?


Entrevistas são momentos de avaliação, mas não pense que existem respostas certas ou erradas, como em uma prova onde o gabarito é entregue ao final do exame.




Entrevistas conduzidas profissionalmente são uma maneira de avaliar a aderência do profissional ao perfil que o headhunter busca.


Um processo seletivo começa antes da entrevista, com o que chamamos de alinhamento de perfil, que é –- de maneira didática -– uma reunião entre o headhunter e o futuro gestor do profissional a ser contratado. Neste momento são detalhados todos os conhecimentos e experiências requeridas para a posição.

Além disso, há outras perguntas importantes que ajudarão a definir quem será o profissional contratado, tais quais:

1)Esta posição é nova ou é uma reposição?
2)(se for uma reposição) Por que o profissional anterior não ficou na posição?
3)Alguém na equipe atual almejava esta posição? Ainda almeja? Poderá haver uma competição interna?
4)Como é o ambiente da empresa: formal ou informal? Muito ou moderadamente competitivo? Com muita ou pouca interface com o exterior? Com ou sem viagens freqüentes?
5)Carga horária exigida do executivo a ser contratado. Inclui finais de semana? Conferências com fuso horário de 10 horas ou mais?

Por isto que durante as entrevistas o headhunter, – além de checar conhecimentos técnicos e as passagens profissionais do profissional, –também faz perguntas de checagem de perfil. E elas não têm respostas certas ou erradas.

Pode ser que o cliente do headhunter busque um profissional informal, que posso viajar internacionalmente 60% do seu tempo e que goste de trabalhar em um ambiente interno altamente competitivo.

O headhunter poderá entrevistar profissionais que não querem frequentemente pegar voos para Taiwan em um Sábado ou Domingo à tarde, para estar na segunda realizando reuniões de negócios.
É possível ainda entrevistar profissionais que não gostam de trabalhar em ambientes extremamente informais. Outros ainda preferem ambientes de alta cooperação a de competição interna.

E mesmo podendo ser excelentes profissionais, eles não serão considerados para a posição em questão porque o perfil deles não está alinhado ao que o cliente quer.

Por isto, se você busca um emprego “com a sua cara” e no qual você vai “adorar trabalhar”, é melhor ser o mais transparente e verdadeiro possível com o headhunter em sua entrevista.

Assim, com maior probabilidade, ele lhe apresentará para um cliente cujas necessidades são os seus anseios profissionais.

BOA SORTE!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Como se manter motivado?


Uma das maiores dificuldades do empreendedor é se manter motivado apesar dos desafios… Outro dia mesmo, sentei na frente do computador sem a menor vontade de escrever, de falar com clientes, enfim… de trabalhar. Quem não tem seus dias de “vacas magras”, de desânimo, de vontade de ficar embaixo das cobertas e não ser incomodado por ninguém?


Como seria bom se eu não tivesse esses dias também… Que eu não tivesse esses dias em que dá vontade de jogar tudo para o ar, ligar o f-da-se e desistir de tudo…

Infelizmente, muitos empreendedores acabam fazendo isso no desespero. Muitas vezes esses dias demoram mais do que o normal para passarem e a sensação que temos é que o caminho mais certo mesmo é desistirmos. Fora que dependendo de quem está a nossa volta, isso só se agrava. Nesses dias o que mais precisamos, além de nos darmos o direito de nos sentir assim, é de uma boa equipe de torcedores. O que eu quero dizer com isso? Pessoas que nos apóiem e queiram o nosso sucesso. Como respondi para minha amiga hoje “pois o mundo em geral vai sempre nos testar e tentar nos trazer para baixo”.

Então para resumir, o que devemos fazer quando isso acontece:

saber se esse desânimos tem alguma causa específica ou veio assim, “do nada”;
se veio de uma causa específica, é preciso analisá-la e ver como resolvê-la;
senão, o importante é saber que é normal, e assim como o desânimo veio ele vai embora;
se unir a pessoas positivas, que te apoiem em todos os aspectos do teu negócio e vida;
procurar fazer alguma ação que te levante. Ela não precisa ser necessariamente relacionada ao seu negócio, como por exemplo colocar uma música bem alta e dançar por 5 minutos…
e se nada disso funcionar, toma um chazinho de camomila ou um chocolate quente ou frio (dependendo do clima), pega um filme bem alto-astral na locadora, se mete embaixo das cobertas (ou do ventilador) e relaxa!
O importante é não tomar nenhuma decisão drástica neste momento, pois as piores decisões são tomadas nos momentos de desespero!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Independência. Como assim?


Hoje, excepcionalmente numa quinta-feira, ao invés de termos o tradicional Departamento as quintas, teremos um artigo para refletirmos neste feriado de 7 de Setembro.


Quando falamos em independência, o principal norte que observamos é de uma palavra: Para sermos independentes devemos ser livres, em primeiro lugar.

Sendo assim, o que é liberdade afinal?

Para muitos, liberdade é poder ter o direito de ir e vir. Para outros, é um sentimento. Para outros, um estilo de vida.

Liberdade realmente tem inúmeros e amplos significados. Agora, vamos pensar um pouco mais profundamente: Como realmente somos livres?

Penso que para sermos livres temos que ter o poder pleno de nossas decisões, de nosso próprio nariz, ou seja, temos que ser donos da nossa vida.

Isto significa que devemos em primeiro lugar questionar tudo que sabemos e aprendemos, tirando as nossas próprias conclusões e tendo a certeza de que esta conclusão é fruto do nosso pensar.

Por que isto?

Porque, se assim não procedermos, podemos estar apenas reproduzindo o que outros disseram.

Eu adoro frases e pensamentos. Todavia, se apenas os reproduzir, sem o pensar, de nada adiantará.

Serei apenas um eco de outra pessoa.

É isto que queremos ser? Ecos de outras pessoas?

E nosso pensar? E a nossa vida? E a nossa tão falada liberdade?

É amigo leitor... Não é fácil, nem simples ser livre. Vai muito além da chamada democracia que vivemos.

Como assim?

Ora, somos livres porque podemos votar? Será mesmo?

Podemos chamar um povo de livre se grande parte – a maioria por sinal – são semi ou completos analfabetos funcionais?

Podemos chamar um povo de livre se a maioria não sabe de nada a respeito de política e nem se interessa com isto, exceto se houverem benefícios próprios?

Podemos chamar um povo de livre se a maioria se preocupa mais em um final da dança dos famosos no Faustão do que em qual vereador irá fazer leis em sua cidade?

Penso que não. Estamos muito longe de sermos livres. Éramos antes escravos pela força, hoje somos – nem todos, óbvio – escravos pela palavra e pela nossa total falta de ação em relação a isto.

É lindo ver dizerem que através das urnas podemos fazer a diferença – o que ainda acredito, embora pense que sou um sonhador a este respeito – mas, é difícil esta realidade quando aquelas pessoas que pensam em querer nos representar apenas sabem dizer que vão fazer a diferença porque são diferentes, como se isto fizesse a diferença mesmo.

Não quero – minha opinião – pessoas burras, fracas, sem estudo, sem cultura, sem saber sequer como se faz um lei para ser meu candidato. Quero alguém inteligente, com estudo, conhecedor daquilo que realmente pode ser feito (e não vereadores falando de coisas que sequer podem fazer no seu mandato por não pertencer a sua função). Quero alguém que não se eleja pelo dinheiro, mas sim pelo trabalho. Se um candidato dissesse que não está ali porque precisa, mas sim porque tem dinheiro, é trabalhador, e quer ser vereador não por carreira (isto é um absurdo) mas sim para ajudar e representar os outros, este teria meu voto.

Contudo, não é este artigo algo político. A questão é que esta mesma realidade que hoje acontece fora das empresas, igualmente ocorre nas empresas.

Muitos pensam que são donos de suas carreiras porque sabem e conhecem a sua atividade. Pensam que são excelentes profissionais porque ajudam a empresa a crescer.

Seria esta a liberdade dentro do nosso trabalho?

A liberdade não está no trabalho, apesar do trabalho libertar a alma e espírito. A liberdade está dentro de nós, na nossa forma de agir, pensar e encarar a vida.

Se você mudar a você mesmo, questionando, trazendo novos valores, sendo cada vez mais evolutivo, sua carreira com certeza também o será. Caso contrário, cada vez mais você será eco de quem pensa e age, pois estas são as pessoas que mudam o mundo.

Você quer ser eco ou o sopro da mudança?

Isto é uma escolha de liberdade, com toda certeza.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/independencia-como-assim/65796/

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma geração de distraídos


Você tem dificuldade de se concentrar, gosta de trabalhar escutando música, faz várias coisas ao mesmo tempo, abre muitas abas em seu browser, anda na rua digitando uma mensagem, e esquece rápido das coisas? Ou você é do tipo hiperativo, agitado?

Você não está sozinho. Você faz parte da nova geração que o mundo mobile criou: a geração de distraídos.

A tecnologia mobile nos permite estar conectado em todos os momentos. Somos bombardeados por informações, jogos, aplicativos, e-mails, entre notificações e mais notificações de nossos celulares. Esses objetos de desejo e adoração, também são vistos como um vício.

37% de adultos e 60% de adolescentes do Reino Unido se consideram viciados em seus celulares.
35% acessam a internet antes de levantar da cama.
A hiperconectividade nos leva a distração. Somos estimulados por todas as partes e acabamos por não prestando muita atenção em nada. Já não lemos textos muito compridos, esquecemos facilmente de algo porque recebemos outro tipo de estímulo.

O mundo online não é nada linear, e nossa atenção está começando a se comportar da mesma maneira. Quando digo linear, quero dizer na característica transmídia da internet, aonde podemos usar vídeos e fotos para contar histórias. Os links também representam bem esse pensamento não linear, pois permitem o leitor pular de texto para texto e, muitas vezes, nunca terminar nada.

Percebeu como vira um ciclo?

Sem atenção cai a produtividade, cai a qualidade de qualquer que seja a atividade que você está fazendo. E o que podemos fazer para resolver esse problema?

Assim como o cérebro, atenção é um músculo, algo que temos a capacidade de treinar. A geração dos distraídos também tem um lado positivo. Essa geração é ágil, dinâmica, e tem a capacidade de resolver problemas rapidamente. Não devemos deixar essas características de lado, mas também devemos treinar no cérebro a pensar em longo prazo, a focar e investir 100% em alguns momentos.

Sempre enfatizo a necessidade de desconectar-se. Desconecte-se! Comece com coisas pequenas, como tomar um banho um pouco mais demorado, ler um livro um pouco mais longo, olhar seu celular depois do café da manhã, ou quem sabe meditar? O importante é tomar uma atitude para quebrar o ciclo da distração.