Em recente artigo publicado pelo
Presidente da Association Of Executive Search Consultants – AESC, foi apontado
o risco e o custo potencial da má contratação de um executivo.Segundo o “US
Labor Department and the Society for Human Resources Management (SHRM)”,
estima-se que o custo de reposição pode ser cinco vezes o salário anual deste
executivo ou até ainda mais, de acordo com o nível de senioridade do
profissional. Imagine então a má contratação quando falamos de um CEO. Isso
pode custar milhões a uma organização.
Com o envolvimento de uma
consultoria de recrutamento ou não, alguns processos são essenciais para evitar
possíveis enganos. É sempre melhor ter cautela e ser profissional na hora de
fazer uma contratação, conduzindo uma extensa busca no mercado, cumprir a etapa
de due dilligence e buscar referências nos candidatos, tanto em seu histórico
de carreira como sobre seu perfil pessoal.
Especialmente no Brasil, talvez
por traços culturais, a etapa de busca de referências nos candidatos é
geralmente subvalorizada, sem falar nadue diligence, que é o processo de
investigação e auditoria nas informações de empresas, fundamental para
confirmar os dados disponibilizados sobre os potenciais candidatos. Essa
validação das informações de carreira e acadêmicas dos candidatos pode
compreender também outros aspectos, como adaptação cultural.Isso porque quando
um executivo é dispensado, geralmente as causas giram em torno do baixo
desempenho ou por falta de adaptação à cultura organizacional.
Salário, bônus, garantias,
benefícios, são exemplos de custos que somados podem chegar a quantias
altíssimas no caso de um executivo ser dispensado. Os processos corretos no
momento da contratação são exatamente para evitar esse tipo de surpresa.
O artigo que citei anteriormente
também trás um exemplo de uma calculadora para a má contratação com mais
fatores do que desempenho e adaptação cultural. Mas quantificar o real custo de
uma escolha vai além desses fatores. O impacto na moral, desempenho,
produtividade, custo de oportunidade, cultura corporativa e imagem podem também
ser graves. Gestores que falham ou que são influências negativas prejudicam não
só a eles mesmos, mas também aqueles que reportam ou trabalham no mesmo time. É
a velha história de que basta uma maçã podre para estragar toda a cesta.
Com a importância de um processo
de contratação sério em mente, um bom mapeamento de mercado, avaliação
estruturada do candidato combinado com um processo profundo de referencias as
empresas certamente estarão mitigando riscos e custos de uma má contratação.
Espero que as dicas ajudem em seus futuros processos seletivos.