segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Os cargos que vão pagar mais em 2015



pagamento de salário
São Paulo - O ano que vem não será de grandes reajustes salariais, uma realidade presente em todos os setores. O baixo crescimento do Brasil, que deve fechar o ano com um PIB de 0,24%, segundo projeção do relatório Focus, do Banco Central, fez com que as empresas retivessem os aumentos de suas equipes.
Como 2015 começará sob a expectativa de ajustes na economia, a tendência é que o cenário da grana permaneça morno. Essa é a conclusão do guia salarial da Robert Half, consultoria de recrutamento de São Paulo que mapeou como será a remuneração no país em 2015.
Apesar de ser um ano sem grandes emoções, 55% dos diretores de recursos humanos ouvidos pela consultoria dizem que haverá aumentos salariais, ainda que modestos. “As empresas não querem se comprometer com ajustes agressivos”, diz Fernando Mantovani, diretor da Robert Half.
Nesse contexto, os empregadores andam bastante desconfiados com currículos de pessoas que ficam menos de dois anos em um emprego. Há, no meio da pasmaceira, carreiras em alta — principalmente em áreas de apoio e controle de custos. Conheça a seguir os cargos que serão os mais valorizados (e vão pagar melhor) assim que o ano novo começar.
Engenharia
Há forte demanda por engenheiros, principalmente nas áreas de serviços, bens de consumo, varejo, telecom, energia, agronegócio e bens de capital.
Carreiras mais quentes: As empresas precisam reduzir custos e trabalhar com estruturas mais enxutas, por isso as áreas de planejamento, melhoria contínua e produtividade estão em alta. “A logística passa a ser vista como uma área estratégica para diminuir gastos e aumentar a eficiência”, diz Daniela Ribeiro, gerente sênior da Robert Half.
Como ser notado: A globalização das empresas exige que os engenheiros aprimorem o inglês. Quem tem bom relacionamento interpessoal e foge do perfil meramente técnico é raro e, por isso, mais procurado no mercado.
Salários em destaque: Coordenador de planejamento: aumento de 13%. Salários variam de 8 000 a 17 000 reais; Gerente de melhoria contínua: aumento de 11,5%. Salários variam de 12 000 a 26 000 reais; Diretor de logística: aumento de 5%. Salários variam de 20 000 a 50 000 reais.
Finanças e contabilidade
Há bastante cautela na hora de contratar pessoas para essas áreas, e os processos seletivos, embora rápidos, estão com mais etapas. “As estruturas das empresas passam por reavaliações, tornando as contratações mais pontuais e estratégicas”, diz Alexandre Attauah, gerente da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half.
Carreiras mais quentes: Pelos próximos três anos, as áreas valorizadas são as que lidam diretamente com o controle de caixa, como setores de planejamento financeiro, controladoria e custos.
Como ser notado: Profissionais que vão além das atividades do dia a dia, que se integram com outras áreas e buscam ter uma visão geral da empresa onde trabalham são os mais procurados.
Salários em destaque: Analista contábil ou fiscal júnior: aumento de 13%. Salários variam de 2 500 a 4 200 reais; Gerente de planejamento financeiro: aumento de 10,5%. Salários variam de 9 000 a 27 500 reais; Diretor financeiro: aumento de 9%. Salários variam de 15 000 a 90 000 reais.
Tecnologia
Os profissionais de TI têm oportunidades em start­ups e em empresas de médio porte que estão internalizando a área. “Existe uma migração dos contratos de TI de pessoa jurídica para CLT”, diz Fábio Saad, gerente sênior da Robert Half.
Carreiras mais quentes: Especialistas em tecnologias como iOS e Android encontram empregos (e salários altos) por causa do boom de aplicativos. As indústrias de eletrônica, serviços financeiros e internet são as com mais potencial.
Como ser notado: Se o profissional for técnico, estar atualizado com as novidades do mercado é fundamental. Do lado comportamental, boa comunicação e espírito de liderança contam pontos.
Salários em destaque: Analista de ERP sênior: aumento de 17%. Salários variam de 8 000 a 17 000 reais; Analista de negócios sênior: aumento de 10,5%. Salários variam de 7 000 a 14 000 reais; Coordenador de sistemas: aumento de 10%. Salários variam de 8 500 a 17 000 reais.
Recursos humanos
A partir do segundo semestre de 2014, as contratações aumentaram e o mercado deu uma leve aquecida — tendência que deve se manter. As empresas se preocupam em fazer com que a área de RH seja estratégica e se aproxime da diretoria e da presidência.
Carreiras mais quentes: Além dos profissionais mais ligados à estratégia, vai se dar bem quem atua com remuneração e benefícios, setor para o qual as companhias têm olhado com cuidado. “É uma boa área para começar a carreira”, diz Mário Custódio, gerente da divisão de RH da Robert Half.
Como ser notado: Especialização pode ser uma estratégia certeira: há poucos profissionais altamente técnicos no mercado. O inglês ainda é uma habilidade que conta pontos e está em falta.
Salários em destaque: Coordenador ou especialista em remuneração e benefícios: aumento de 17%. Salários variam de 
6 000 a 14 000 reais; Gerente de recursos humanos: aumento de 9,5%.Salários variam de 9 000 a 25 000 reais; Gerente de treinamento e desenvolvimento: aumento de 9%. Salários variam de 8 000 a 20 000 reais.

Mercado financeiro
A estagnação econômica aumentou a procura de profissionais que atuam nas áreas de apoio dos bancos. “É uma inversão do cenário que existia desde 2007, quando a procura era por pessoas­ que ficavam à frente das operações, como o gerente de crédito”, diz Ana Guimarães, gerente da divisão de mercado financeiro da Robert Half.
Carreiras mais quentes: Além do setor administrativo, vai se dar bem em 2015 quem trabalhar em áreas especializadas, como compliance, risco e auditoria. “As novas normas do Banco Central aumentam a necessidade desses profissionais”, diz Ana.
Como ser notado: Habilidades comportamentais, como bom relacionamento interpessoal e espírito de liderança, contam pontos. Para os técnicos, é preciso estar atento às regulamentações que não param de surgir.
Salários em destaque: Analista júnior de risco de mercado: aumento de 10%. Salários fixos de 4 700 a 7 400 reais; Gerente de auditoria: aumento de 6%. Salários fixos de 12 700 a 19 000 reais; Gerente de controladoria: aumento de 5%. Salários fixos variam de 11 500 a 18 000 reais.
Marketing e vendas
O setor de serviços puxa as contratações, e os profissionais em alta são mutitarefas e sabem gerar valor para as empresas.
Carreiras mais quentes: “O pós-venda é importante e, em marketing, o destaque é para o gerente”, diz Claudia Troca, gerente da divisão de marketing e vendas da Robert Half.
Como ser notado: A profissionalização da área comercial exige melhor formação universitária. Visão global e inglês são cruciais.
Salários em destaque: Supervisor de vendas: aumento de 9,5%. Salários variam de 5 500 a 12 000 reais; Gerente de marketing: aumento de 11%. Salários variam de 7 000 a 25 000 reais; 
Seguros
O dinamismo do mercado, com a entrada de seguradoras multinacionais e a abertura de startups especializadas em seguros e resseguros online, vai continuar. “A área comercial deixa de apenas vender seguros para pensar estrategicamente”, diz Alberto Lopes, gerente da divisão de seguros da Robert Half.
Carreiras mais quentes: O gerente comercial está em alta desde que tenha um papel mais consultivo. A área de apoio também se destaca porque as empresas estão de olho no pós-venda para não perder clientes.
Como ser notado: Quem tem uma carteira parruda de clientes, consegue fazer novos negócios e entende o mercado em que atua não fica sem emprego.
Salário em destaque: Analista de resseguros: aumento de 17,5%. Salários de 4 000 a 7 500 reais.
Jurídico
“Novos escritórios especializados procuram técnicos, e os generalistas têm chance nas empresas”, diz Mariana Horno, gerente sênior da Robert Half.
Carreiras mais quentes: O aumento do número de escritórios de nicho faz com que os especialistas sejam mais procurados — e os novos escritórios oferecem um pacote de remuneração fixa e variável compatível com o mercado.
Como ser notado: Para os especialistas, pega bem ter formação em universidades de primeira e pós-graduação global. Os generalistas devem ter credibilidade para transitar em várias áreas.
Salários em destaque: Advogado pleno consultivo trabalhista: aumento de 10%. Salários variam de 4 000 a 10 000 reais; Gerente jurídico de empresas: aumento de 19%. Salários variam de 11 000 a 23 000.
Retirada de: http://exame.abril.com.br/revista-vocesa/edicoes/19702/noticias/seu-salario-em-2015

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

12 Livros para administradores lerem


Livros para administradores!


Livros para administradores lerem
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que enriquecemos nosso vocabulário, nosso raciocínio, interpretação e obtemos mais conhecimento. Muitos se perguntam, quais são os melhores livros para os que possuem interesse em negócios, empreendedorismo, estratégia e liderança ou quais podem ajudá-los a se tornarem melhores nesses aspectos. A questão, é que o livro sempre foi e ainda é um dos principais instrumentos do conhecimento e o hábito de ler é tão importante quanto qualquer outro em nossas vidas. Por isso, nós do Portal Administração fizemos uma lista com 12 dos principais livros para administradores, como também, para aqueles que se interessam por temas como: Estratégia, Liderança, Administração, Empreendedorismo, Motivação, entre outros. Confira abaixo a lista que fizemos:

O monge e o executivo
1 - O Monge e o Executivo: Começando por um dos maiores clássicos da leitura, uma história sobre a essência da liderança. Neste livro, James C. Hunter, conta a história de Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandona sua brilhante carreira e passa a viver em um mosteiro beneditino, onde ensina o real significado do que é ser um líder.


Quem pensa enriquece

2 - Quem Pensa Enriquece: Todos querem ficar ricos, poucos conseguem. Qual o segredo? Principal fruto das ideias de Napoleon Hill, Quem Pensa Enriquece é um dos maiores best-sellers do mercado editorial, uma obra atemporal que de forma simples ajuda pessoas comuns a se tornarem bem sucedidas.


Vantagem competitiva



3 - Vantagem Competitiva*: O livro ensina como avaliar a posição competitiva de uma empresa e como implementar as etapas de ação específicas para aprimorá-la. Analisando diversos fatores em conjunto, fornece uma prática perspectiva para o meio empresarial cada vez mais competitivo.

A arte da guerra

4 - A Arte da Guerra: Outro clássico. Um dos livros de estratégias mais notáveis e influentes, lido e estudado por diversas pessoas no mundo. A Arte da Guerra é tido como um dos clássicos mais importantes do humanismo chinês, simplesmente um livro que dispensa comentários. Leitura obrigatória para todos os interessados em Administração e Gestão.


O principe


5 - O Príncipe, de Maquiavel: Um livro escrito por Nicolau Maquiavel, cuja primeira edição foi publicada postumamente, trata-se de um dos tratados políticos fundamentais, elaborado pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de estado moderno que conhecemos. Descreve a maneira de conduzir os negócios públicos internos e externos e de como conquistar e manter um principado.

GTD getting things done

6 - GTD (Getting Things Done): Método de gerenciamento de ações que dá nome ao livro de David Allen. "A arte de fazer acontecer" é uma fórmula anti-stress para estabelecer prioridades e entregar soluções no prazo. Trata-se de um livro sobre produtividade pessoal, organização e gerenciamento do tempo, que pode melhorar sua motivação e seus resultados.

O homem mais rico da babilonia

7 - O Homem mais rico da Babilônia: Trata-se de uma coletânea de parábolas escritas por George S. Clason a partir de 1926 e distribuídas, sob a forma de panfletos, em bancos e companhias de seguro norte-americanas. As parábolas no livro são ambientadas na Antiga Babilônia e trazem ensinamentos sobre planejamento financeiro, métodos de economia, entre outros.


A quinta disciplina


8 - A Quinta Disciplina: Livro escrito por Peter Senge, sugere uma visão sistêmica da vida, do mundo e de todos os aspectos da vivência humana. Leitura obrigatória para os que vivem nos meios organizacionais e administrativos, sugerindo uma visão mais ampla da administração.


Ponto de virada




9 - O ponto de virada: Malcolm Gladwell apresenta uma maneira instigante e original de entender certos fenômenos sociais, influenciados por um produto, serviço, ou mesmo atitudes capazes de virarem moda da noite para o dia. O autor apresenta no livro como identificar e até construir estímulos capazes de se tornar fenômenos sociais.

A estrategia do oceano azul

10 - A estratégia do Oceano Azul: É um livro que ensina como investir em mercados inexplorados. Publicado em 2005 e escrito por W. Chan Kim e Renée Mauborgne. O livro sugere matrizes que podem ser aplicadas em modelos de negócios e analisa cases de grande sucesso em todo o mundo, como o Cirque Du Soleil e a Starbucks, entre outros.


Como fazer amigos e influenciar pessoas


11 - Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas: O livro é voltado para a arte de se relacionar com as pessoas, apresentando técnicas simples, porém de extrema eficácia nos relacionamentos interpessoais. O livro conquistou seu lugar na história da editoração como um dos maiores best-sellers internacionais de todos os tempos. Dispensa comentários.




O lider do futuro
12 - O líder do Futuro: O livro discute o futuro papel do líder, num tempo marcado por organizações mais enxutas, mais ágeis e mais democráticas. Organizado pela Fundação Peter Drucker, a obra questiona algumas verdades absolutas sobre liderança, apontando para a necessidade de líderes mais participativos e menos questionadores.





Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado, cultivado e preservado. Não importa o tema, a editora, a singularidade, o importante mesmo é ler. Sempre! *Observação: Michael Porter também escreveu Estratégia Competitiva, um ótimo livro sobre a complexidade da competição na indústria, demonstrando como 3 simples estratégias, tornam-se importantes ferramentas competitivas. Se interessa pelo assunto? Então, confira nosso artigo sobre: A estratégia competitiva de Porter.

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Livros para administradores que merecem ser citados:

- O verdadeiro poder;
- Quem mexeu no meu queijo;
- As cartas de tsuji;
- O líder do futuro;
- A hora da verdade;
- A meta;
- Consiga o que você quer;
- Pai rico, Pai pobre;
- Empreendedorismo Inovador;
- Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes.

Retirado de: http://www.portal-administracao.com/2013/11/livros-para-administradores-lerem.html

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Qual a melhor especialização para quem fez Administração?



Tenho certeza de que quero fazer o curso de Administração, e estou ciente de que é o curso mais escolhido aqui no Brasil. Então, resolvi pensar numa especialização para dar um diferencial pra minha carreira. Pensei em Comércio Exterior. Ele é um bom complemento ou abrange muito do que já terei aprendido em Administração? Tecnológico ou Bacharelado? Quais outras opções para especialização em Administração? Muito obrigada pela atenção, vocês fazem um ótimo trabalho aqui.

enviado por Anônimo
Há muitas possibilidades de especialização para graduados em Administração. Além das mais diretamente relacionadas com o curso (como Comércio Exterior, Logística e Gestão de Recursos Humanos), você pode se embrenhar em outros campos do saber (como as ciências jurídicas, ciências sociais, psicologia e estatística). Você pode pesquisar sobre essas opções em sites de universidades públicas e privadas.


Você também pode ter dúvidas quanto à “ênfase” da faculdade de administração. Ao longo da década de 1990, as universidades diversificaram enormemente a oferta dos cursos de graduação em administração, com currículos voltados à gestão hoteleira, aos recursos humanos, à segurança empresarial, à controladoria e outras opções. 



Na virada do século, no entanto, o mercado indicou que a formação generalista era mais interessante. Assim, sugerimos que você curse uma graduação generalista e recorra ao aprofundamento do conhecimento em algum setor por meio da pós-graduação. Até lá, você terá bem mais clareza do que realmente deseja. 



Como ainda não há dados que indiquem a efetividade da formação tecnológica para a construção de carreiras sólidas, a formação em bacharelado ainda é preferível.









http://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-vocacional/consulte-orientador/qual-melhor-especializacao-quem-fez-administracao-527469.shtml

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Dicas do chefe de RH do Google para recém-formados



1- Diploma não é tudo

Fazer uma faculdade é importante, mas não é tudo. E, segundo Bock, muita gente entre 18 e 22 anos não se atenta para isso. 

Por isso, o primeiro conselho dele é: escolha um curso que não aumente apenas o seu conhecimento sobre determinado assunto, mas que forneça “habilidades que serão valorizadas no mercado de trabalho”, afirmou ao New York Times.

Na prática, isso significa escolher caminhos acadêmicos mais tortuosos. Decidir ir para um curso porque ele é mais fácil, segundo o chefe de pessoas do Google, pode subtrair pontos do seu currículo.

2- Aprenda a ser analítico

De acordo com Bock, a habilidade mais escassa no mercado de trabalho hoje é a capacidade de ser analítico. 

“Não estou dizendo que você precisa ser um programador incrível, mas para entender como essas coisas funcionam, você precisa ser capaz de pensar de uma maneira formal, lógica e estruturada”, afirmou.

Isso também vale para quem é da área de Humanas, segundo o especialista. “Você tem que entender economia e psicologia ou estatística e física e juntá-los. Você precisa de algumas pessoas que são pensadores holísticos (...) e outros que são profundos especialistas funcionais”, afirmou. 

Segundo ele, a criatividade é algo natural do ser humano. O pensamento lógico e analítico, não. Mas o segredo dos profissionais mais eficientes está em conciliar os dois aspectos, ele explica.

3- Seja específico ao compor o currículo

Evite generalizações e adjetivos vazios. Quanto mais dados objetivos, melhor. “A chave é enquadrar seus pontos fortes como: ’Eu conquistei X, relacionado a Y, fazendo Z”, diz. 

4- Conte histórias com pé e cabeça nas entrevistas

Como em boa parte das provas na faculdade, o maior erro de um candidato (ou aluno) é não mostrar seu processo de pensamento para chegar a cada resposta.

Por isso, para eliminar discursos vazios ou confusos, Bock sugere a seguinte estrutura: “Aqui está o atributo que eu vou demonstrar; esta é a história que o demonstra e aqui, como ela faz isso”, detalha. 


Retirado da Revista Exame - Você S/A - http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/4-dicas-do-chefe-de-rh-do-google-para-recem-formados

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Frequente troca de emprego prejudica currículo, segundo pesquisa

Se você vive trocando de emprego por qualquer motivo é melhor começar a tomar cuidado: uma pesquisa realizada pela Robert Half revela que profissionais com histórico de pouca permanência nas empresas são facilmente descartados de processos seletivos. É o que afirmam 95% dos CFOs brasileiros.

Segundo o levantamento, 20% dos entrevistados afirmam que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para considerar um candidato como profissional instável.
Outros 18% consideram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam que 10 transições no mesmo período é algo preocupante.

Para 15%, três movimentações de emprego nesse intervalo de tempo merecem atenção.
Segundo o diretor da Robert Half, Sócrates Melo, um profissional valorizado no mercado deve ser capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados.

“A contratação é um investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização”, explica.


Além disso, o executivo explica que existem razões plausíveis para curtas permanências nos empregos, mas o profissional pode ser classificado como instável pelo recrutador caso ele sempre deixe um emprego sem justificativas claras.

Para realizar o estudo, foram entrevistados 1.185 CFOs da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão.

Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos também colocam o recrutador em estado de atenção.

O lugar com maior índice de intolerância a profissionais instáveis é Hong Kong, onde 100% dos gestores evitam currículos que apresentem esse histórico.

Possibilidade de rejeição de candidatos com muitas passagens curtas no currículo

Colocação
Países
% de gestores que acham muito provável
% de gestores que acham pouco provável
Hong Kong
43%
57%
Brasil
53%
42%

Chile
53%
42%
Austrália
39%
54%

Japão
51%
43%
Singapura
41%
49%
Reino Unido
36%
53%
Bélgica
24%
60%
França
29%
55%

Para diminuir o índice de rotatividade nas empresas, 60% dos CFOs brasileiros afirmam que utilizam como principal estratégia de retenção o aumento de salário.

Outras medidas são proporcionar melhorias e benefícios flexíveis (54%), treinamento e desenvolvimento profissional (49%), plano de carreira (35%), flexibilidade de horário e local de trabalho (26%) e contraproposta (24%).

Já na média mundial, melhorias e benefícios flexíveis são o melhor plano de retenção, segundo a opinião de 52% dos entrevistados.

Retirado de: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/troca-frequente-de-emprego-prejudica-curriculo-diz-pesquisa 


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Veja algumas frases que podem causar ruído durante a entrevista

Você tem um currículo interessante, demonstrou ter todas as competências exigidas para a vaga, mas no fim da entrevista deixou escapar uma frase que pôs tudo a perder?

De acordo com Felipe Brunieri, gerente de finanças da Talenses, não é raro que um candidato seja desqualificado por conta de uma declaração infeliz - mesmo que tenha ido bem em todas as outras etapas da seleção.

“O peso de uma frase mal colocada é muito grande para um recrutador”, alerta ele. "A impressão causada na entrevista corresponde a aproximadamente 50% da nota final”, estima Brunieri.

Ele aconselha prestar atenção à escolha das palavras e, sobretudo, ao tom de voz. “Às vezes, o que mais impacta o recrutador é a forma de falar”, comenta.


A seguir, veja algumas frases que causam ruído numa entrevista de emprego, na opinião de três especialistas:

“Meu antigo emprego era horrível.”

Falar mal do empregador ou dos colegas do passado soa muito mal aos ouvidos do recrutador. “Além de ser anti-ético, dá a impressão de que o candidato é uma pessoa agressiva e intolerante”, afirma Brunieri.

“Todo mundo costuma elogiar o meu trabalho.”

Não é proibido mencionar feedbacks positivos que você já recebeu. Mas a autoconfiança pode beirar a arrogância. Segundo Brunieri, o candidato que não cuida do tom das suas afirmações sobre seu próprio desempenho pode parecer antipático ou avesso ao trabalho em equipe.

“Odeio / detesto / não suporto tal coisa.”

Brunieri recomenda evitar palavras com carga negativa muito forte. “Frases muito carregadas podem dar a ideia de que você é inflexível e agressivo”, afirma.

“Tipo / cara / meu / animal / etc.”

Frases recheadas de gírias também não costumam soar bem. “É preciso um mínimo de formalidade e distanciamento, sobretudo num primeiro momento”, diz Brunieri
"Qual é o salário?" 

Indagar sobre remuneração de forma muito direta ou apressada é outro risco. “É bom ter calma e escutar a proposta antes, ou você dará a entender que só quer o emprego pelo dinheiro”, afirma a coach Débora Monique.

“Meu problema é que sou perfeccionista e trabalho muito.” 

Recrutador nenhum acredita num candidato que diz que seu pior “defeito” é ser dedicado demais. Além de ser pouco honesta, essa declaração transmite falta de autoconhecimento, segundo Luís Arrobas, sócio da 2GET.


“Não faço questão dessa vaga.”

Mesmo que você tenha recebido outra proposta melhor, demonstrar completo desinteresse pela vaga que você vai declinar pode ser ruim para o seu futuro. “Declarações assim fecham portas”, diz Brunieri.


Retirado de: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-frases-proibidas-numa-entrevista-de-emprego

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Conhecimento dos pais pode ajudar a carreira dos filhos?

Segundo uma pesquisa do LinkedIn, realizada com 15.026 adultos em 13 países, grande parte dos profissionais acreditam que os pais possuem conhecimentos que podem ser importantes na carreira dos filhos.
De acordo com a  pesquisa, 72% dos profissionais no Brasil acreditam que os pais podem passar habilidades que beneficiariam suas carreiras, enquanto apenas 47% dos pais concordam com tal afirmação.
Outro dado apontado pela pesquisa é o fato de que, embora  dois terços dos pais não entendam muito bem a vida profissional dos filhos, 94% deles se sentem orgulhosos por suas conquistas. Quando perguntados sobre as habilidades que possuem e que poderiam ser compartilhadas, liderança e negociação aparecem mais entre pais, enquanto organização aparece mais entre mães.
“Os pais têm potencial para contribuir significativamente na vida profissional de seus filhos, mas esse conhecimento não está sendo passado para a geração mais nova. Entre os principais motivos, estão o desconhecimento sobre a vida profissional dos filhos e a sensação de que o mundo mudou tanto, que a sabedoria que tinham já não é mais válida”, afirma Fernanda Brunsizian, Gerente de Comunicação sênior do LinkedIn.
Além disso,  69% dos pais acham que impactaram diretamente a carreira dos filhos. As principais formas de impacto mencionadas foram apoio financeiro durante a educação (65%), conselhos profissionais (58%) e moradia (50%).

Entretanto, de acordo com 87% dos pais, eles já receberam um agradecimento de seus filhos pela ajuda concedida em suas carreiras, sendo que 50% diz ser agradecidos regularmente.
Retirado de: http://exame.abril.com.br/blogs/blog-da-voce-sa/2014/09/19/para-72-das-pessoas-o-conhecimento-dos-pais-e-importante-na-carreira/

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Trabalho precisa de amor?

Em 2005, Steve Jobs fez um discurso emocionante para 23.000 alunos da Universidade Stanford, na Califórnia, numa cerimônia de formatura. De lá para cá, o vídeo do evento já foi assistido mais de 20 milhões de vezes no YouTube.

Em determinado momento de sua fala, Jobs crava: “Você tem de encontrar o que você ama. A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando, e não se acomode”.

O texto do genial fundador da Apple serviu como um grande reforço para a ideia de que associar trabalho à satisfação é um componente essencial do sucesso. Muita gente toma esse raciocínio como verdade absoluta, mas ele não explica algumas questões.



Por exemplo: o que fazer com os milhões de profissionais que são ótimos fazendo um trabalho que detestam? E como explicar aqueles que adoram o que fazem, mas têm um desempenho ruim? Talvez seja preciso investigar melhor o discurso da paixão pelo fazer.

Foi o que fez Cal Newport, professor de ciência da computação na Universidade de Georgetown, em Washington. Em 2010, ele ficou obcecado pela ideia de responder a uma pergunta simples: “Por que algumas pessoas acabam amando sua carreira e outras não?”. O professor foi investigar profissionais que faziam o que amavam nas mais variadas atividades — agricultores, músicos, roteiristas, investidores de risco, programadores.

Cal tinha a tese de que seguir uma vocação inicial não era exatamente o caminho mais eficaz para ter amor pelo trabalho. O resultado da investigação está no livro So Good They Can’t Ignore You(“Tão bom que eles não podem ignorá-lo”, numa tradução livre, inédito no Brasil, 26 dólares na Amazon).
“Essa premissa do faça o que você ama é muito sedutora, mas é falsa porque a maioria das pessoas não é programada para amar determinado tipo de trabalho”, diz Cal.

Ao estudar pessoas que acabaram apaixonadas pela carreira, o professor percebeu que na maior parte dos casos o amor pelo trabalho se desenvolve ao longo do tempo, conforme as pessoas moldam a vida profissional de maneira significativa. O processo de construção seria, portanto, mais importante para a satisfação do que a escolha inicial com base em uma suposta preferência.

A opinião de Cal é semelhante à de outros especialistas como Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. “Os motivos para uma pessoa ficar insatisfeita com o trabalho são diversos, mas a satisfação raramente tem a ver com alguma inclinação preexistente”, afirma Rafael.

Amar o ofício talvez seja mais simples para quem ocupa um cargo de destaque ou tem um negócio de sucesso — o que explicaria a crença de Steve Jobs. Mas, para grande parte dos trabalhadores mortais, a relação entre prazer e fazer é mais conflituosa. “Para a maioria das pessoas, a possibilidade de fazer o que ama é limitada pela obrigação de ter de ganhar dinheiro para sobreviver”, diz Rafael.

As biografias de Jobs mostram que o plano inicial dele e de seu sócio, Steve Wozniak, era vender 100 placas de circuito para uma loja local de informática em Mountain View, na Califórnia.

A expectativa era ter um lucro de 1.000 dólares. Jobs entrou descalço no local e ofereceu as placas. O empresário recusou, mas disse que tinha interesse em 50 computadores completos, uma novidade na época. E pagaria 500 dólares cada um. O acordo foi fechado, e assim surgiu a Apple Computer.

Nessa fase da vida, Jobs estava meio desnortea­do em relação à própria carreira. Tinha largado os estudos e passava boa parte do tempo meditando. Se ele tivesse seguido o conselho que deu aos formandos de Stanford, talvez não tivesse criado a Apple, mas algum templo zen.

O principal problema é que amar o trabalho tornou-se praticamente uma obrigação nos últimos anos, como se fosse o único caminho para o sucesso. “Há um romantismo ingênuo”, diz Eduardo Ferraz, consultor de gestão de pessoas e autor do livro Seja a Pessoa Certa no Lugar Certo(Gente, 25 reais). “Parece uma falha moral a pessoa trabalhar para sobreviver.”

Há quem defenda que a busca de uma atividade que proporcione prazer é positiva quando incentiva alguém a deixar um emprego ruim ou a experimentar mais na carreira. Mas em ouvidos errados pode ser um conselho perigoso. Uma má interpretação dessa ideia pode levar a uma escolha de carreira pouco planejada, como calcular mal a remuneração ou a carga de trabalho de um emprego tido como ideal.

“Pode ser frustrante quando a pessoa não encontra o trabalho perfeito”, diz Cal. Mais importante do que trabalhar com o que se ama é pensar em fazer algo que pode gerar crescimento e, eventualmente, satisfação. “Às vezes, não conseguimos começar fazendo o que amamos, mas temos de ter foco para encontrar o que nos faz crescer e, então, nos aproximarmos do que nos faz feliz profissionalmente”, diz Guilherme Gatti, diretor de marketing para a América Latina da FedEx, empresa de logística, de São Paulo.

Boa parte do discurso da paixão pela profissão traz embutida uma imagem estilizada de trabalho, em geral mais agradável do que a realidade cotidiana. O profissional supõe que em um trabalho prazeroso será mais fácil ser feliz ou ficar rico, o que nem sempre é verdade.

“Acho que é preciso questionar mais esse modelo de felicidade e buscar relações de trabalho melhores”, afirma Bárbara Castro, socióloga e professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, que questiona até que ponto esse trabalho ideal pode virar um meio de sustento concreto.

“A pessoa não precisa se resignar e ficar em um trabalho infeliz para sempre, mas precisa ser crítica quanto às possibilidades de mudança de profissão”, diz Bárbara.

A importância do esforço

Acreditar no sucesso pela paixão tem também o problema de diminuir a importância do mérito e do esforço para construir uma carreira. Fazer o que ama é ótimo, mas não se pode ter a ilusão, ou a falsa esperança, de que basta ter a coragem de mudar para uma atividade amada que o sucesso virá a reboque.

“Gostar do que faz é essencial, mas é preciso estar muito bem preparado para que as expectativas encontrem as oportunidades”, diz Roger Ingold, presidente da consultoria Accenture, de São Paulo. Para Rafael Alcadipani, da FGV-SP, fazer o que ama é um pouco de acaso e bastante de noção sobre as próprias limitações. “Tem gente que ama tocar piano, mas nunca poderia fazer isso profissionalmente.”, diz Rafael.

Na opinião de Cal, o melhor caminho para vir a amar o trabalho é se aperfeiçoar. Primeiro, diz o professor, escolha algo interessante e que ofereça opções de crescimento conforme você for amadurecendo — uma opção mais viável do que ir em busca de um amor verdadeiro. Em segundo lugar, é importante tornar-se um profissional valioso para a empresa e na área em que atua.

“Por fim, use suas habilidades como alavanca para moldar sua carreira em direções que proporcionem satisfação no longo prazo”, afirma Cal. Esse processo leva tempo, mas, segundo o especialista, vai guiá-lo para um trabalho que você ame de forma consistente.

O trabalho ocupa, sim, uma parcela importante da vida de cada um e é fundamental buscar atividades que dão prazer. Mas tem de ser crítico nas decisões de carreira. O profissional deve afastar a ideia ingênua de que uma mudança traz felicidade.

E também deve evitar se sentir culpado ou infeliz por exercer um trabalho pouco prazeroso. Na verdade, a melhor estratégia é enxergar o trabalho como parte de um plano de vida, que tenha múltiplas fontes de satisfação além da profissional.



“Quando temos um propósito de vida bem definido, faremos coisas que verdadeiramente amamos e outras que nem tanto, mas que deverão ser realizadas com a mesma energia e dedicação para que o objetivo maior seja alcançado”, diz Carlos Morassutti, vice-presidente de recursos humanos da Volvo, de Curitiba, no Paraná. Pense nisso da próxima vez que estiver infeliz com a carreira.



Retirado da Revista Exame: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/195/noticias/trabalho-precisa-de-amor