De
acordo com análise divulgada pela ABRH – Associação Brasileira de Recursos
Humanos, a oferta de empregos – devido à carência de mão de obra qualificada, é
um dos maiores fatores que tem dificultado as empresas a atrair e reter seus
talentos. Para Evaldo Burcoski, diretor da Humanus, especializada em sistema
para Gestão do RH, “a falta de um modelo para gestão de talentos afasta o
colaborador da empresa, que sente-se cada vez mais um mero produtor e não peça
fundamental para o quebra-cabeça do sucesso da companhia”.
Há 18 anos no
mercado de RH, no fornecimento de sistemas para gestão da rotina do Recursos
Humanos, o especialista alerta para 10 itens primordiais na hora de “manter o
colaborador em casa”. Por isso lápis e papel. Veja se você está fazendo sua
tarefa corretamente:
Cuide, ouça e
conheça os talentos da empresa: Já sabemos que o colaborador não quer apenas
salário ou benefícios, mas atualmente busca reconhecimento. Afinal, as pessoas
não deixam um emprego estável porque estão insatisfeitas com o valor recebido
no começo do mês, somente. Acompanhe de perto o desenvolvimento, as habilidades
e talentos de seu colaborador.
Invista em Avaliações, Treinamentos e todos os
demais recursos disponíveis no mercado, para que ele “entre no jogo” e saiba
que faz parte da empresa;
Reveja valores:Os
tempos são difíceis. E para todos! Mas, como empresa, também é necessário lidar
com outro mal que vem assombrando o dia a dia do mercado: a escassez de mão de
obra. Reveja os programas de remuneração e benefícios. Implante sistemas que
avaliem e pontuem a necessidade de flexibilizar tais recursos;
Forme
um bom “lar”:A maior parte da população passa muito mais tempo em seu local de
trabalho do que em casa. Por essa razão é necessário fazer da empresa um
ambiente agradável e prazeroso. Lideranças inspiradoras, transparência,
reconhecimento, proximidade e “ouvir” são peças-chave para que o colaborador
sinta-se à vontade e “queira” voltar para a empresa no dia seguinte;
Invista
em educação corporativa: Você conhece os talentos, habilidades, dons e sonhos
de cada profissional da sua empresa? Não? Invista em treinamentos, qualifique,
forme. Para exigir o diferencial, você deve oferecer o diferente!
Crie
uma equipe polivalente: Nenhum de nós tem apenas uma habilidade. O Carlos da
contabilidade é ótimo em oratória! A Juliana do Marketing é expert em planos
para redução de custo. A soma de talentos forma equipes muito mais fortes. É o
velho ditado: “várias cabeças juntas pensam muito melhor do que apenas uma”;
Gere oportunidades:
Na hora de selecionar, o que importa para você? Se ele fez cursos ou teve
experiências em outros países, ou se quer aprender e crescer na sua empresa,
mostrando comprometimento e brilho nos olhos para vestir a camisa? Veja bem,
não estou dizendo que não deva dar oportunidade a quem já teve contato com
outras culturas, outros países. Mas veja o brilho nos olhos de quem está a sua
frente. O que ele busca? Subir ou saltar? Entendeu a diferença? Subir é
aquele que quer construir, quer aprender dia a dia. Saltar é aquele que tem um
prazo: “vou ficar dois anos aqui e depois vou para uma multinacional”. São os
típicos “saltadores de carreira”. Veja quem você quer para sua empresa;
Seja
flexível na contratação: Precisamos apostar mais nos talentos que estão dentro
de casa, ao invés de ficar com vagas em aberto por muito tempo. Podemos ser
menos exigentes em uma promoção, mas na contrapartida dar a formação
necessária, melhorando competências e valorizando carreira. A mobilidade
temporária é um ótimo recurso para testar e preparar talentos. Pode ser melhor
e mais barata que transferências.
“Veja
que lidar com talentos não é apenas analisar o Ponto Eletrônico ou custos com
benefícios. É valorizar, ouvir, conhecer e acima de tudo aprender com ele”,
explica Burcoski.
Para
finalizar o executivo destaca. “Uma empresa é formada, antes de lucro, por
talentos. Afinal, são eles que trazem os números para a companhia”.
Retirado de: http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?cod_tema=3636